Projeto em comunidade no Recife transforma plástico descartado em produtos e gera renda para moradores

Um projeto desenvolvido na Comunidade do Pilar, na Ilha do Leite, área central do Recife, transforma plásticos coletados para reciclagem em objetos funcionais, tornando-se uma fonte de renda para os moradores da região. Saboneteiras, lixeiras e fruteiras são alguns dos produtos criados com o reaproveitamento do material.
A iniciativa é baseada no movimento "Plástico Precioso", surgido na Holanda, em 2013. Com a doação de plástico usado, como potes de produtos de limpeza, o material é redesenhado e, no fim do processo, outras pessoas recebem itens criados através da reciclagem.
Danielle Vilanova, da ONG Plano B, afirma que a Comunidade do Pilar recebeu recursos para investir na ideia após a aprovação do projeto.
"A máquina que tritura o plástico foi comprada com esse montante. Ela é avaliada em R$ 15 mil. Quando o material chega na sede, o primeiro passo é lavar e separar por cor. Depois, é triturar e produzir", conta.
As garrafas plásticas são doadas por pessoas da própria comunidade e outros voluntários. "Mais do que lixo no chão, o descarte inadequado dos resíduos entope os bueiros e, no litoral, prejudica a vida marinha. Isso não pode acontecer", declara a agente operacional Micaela Nascimento.
Expansão do protesto
O secretário executivo de inovação urbana do Recife, Tullio Ponzi, afirma que o objetivo da prefeitura do Recife é expandir o projeto. Para isso, pretende estimular moradores de 12 bairros da capital pernambucana a doar a maior quantidade de plástico que conseguirem juntar.
O acúmulo tem como destino a Comunidade do Pilar, que atua no projeto com as ferramentas necessárias, já que a máquina não é de fácil acesso. Em troca, o resultado do reaproveitamento atende todos que ajudaram na coleta.
"Pretendemos fazer imobiliário urbano, fazer revestimento, materiais de construção para o dia a dia de outras comunidades", afirma o secretário.
